Blog do Servidor
- 21/07/2014
Os sucessivos cortes no Orçamento para engordar o superávit
primário (economia para pagar juros da dívida pública) estão afetando o
funcionamento cotidiano de importantes órgãos da administração. Servidores
reclamam de insuficiência de dinheiro para arcar com contas básicas, como
condomínio, água e luz. Viaturas ficam paradas nos pátios, por falta de
combustível ou de licenciamento obrigatório, e importantes projetos de
fiscalização para o combate à corrupção e ao desvio de verbas públicas não são
executados. Repartições estão sem café, tinta para impressora e até papel
higiênico. E quem ousa reclamar ou tornar pública essa realidade leva um
rigoroso puxão de orelha do Palácio do Planalto.
O assunto é tão delicado que alguns órgãos sequer comentam o
assunto, a exemplo da Receita Federal, que não quis se manifestar. Em outros
casos, os números apresentados pelas instituições eventualmente prejudicadas
não batem com os divulgados pelo Ministério do Planejamento. Segundo Rudinei
Marques, presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças
e Controle (Unacon) e secretário-geral do Fórum Nacional das Carreiras Típicas
de Estado (Fonacate), em setembro, o dinheiro da Controladoria-Geral da União
(CGU) acaba. Não haverá, de novo, como pagar telefone, água é luz. Por falta de
verba, as operações especiais deixaram de acontecer. Em 2010, foram 24 ao todo.
Baixaram para 17, em 2013. E este ano, até julho, foram apenas oito...
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