Jornal Metro Brasília
- 30/07/2015
Na tentativa de destravar as discussões sobre o reajuste
salarial, os sindicatos de servidores públicos formalizaram ontem uma nova
proposta no Ministério do Planejamento. A categoria pede aumento de 19,7%, que
poderia ser paga em duas parcelas, em janeiro de 2016 e de 2017. Anteriormente,
os sindicalistas pediam 27,3%, em parcela única no próximo ano.
"Nós refizemos a proposta para mostrar que não somos
inflexíveis. Estamos dispostos a negociar. Se um lado cede, o outro tem que
ceder", avaliou o secretário-geral da Condsef (Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Serviço Público Federal), Sérgio Ronaldo da Silva.
Até agora o governo colocou na mesa de negociação um índice
de reajuste em quatro anos: 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em
2019.
A categoria rejeitou a proposta por entender que
desconsidera os índices de inflação e poderia travar novas negociações por um
longo período.
O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do
Planejamento, Sérgio Mendonça, tem mantido reuniões com as diversas categorias
para avaliar os pedidos e deverá convocar o Fórum Nacional das Entidades do
Serviço Público Federal para dar uma resposta.
Benefícios
O governo aposta, para um acordo, no reajuste dos três principais benefícios sociais dos servidores públicos: auxílio-alimentação, plano de saúde suplementar e auxílio pré-escolar. A correção custaria R$ 1,3 bilhão.
O governo aposta, para um acordo, no reajuste dos três principais benefícios sociais dos servidores públicos: auxílio-alimentação, plano de saúde suplementar e auxílio pré-escolar. A correção custaria R$ 1,3 bilhão.
A categoria prepara uma manifestação para a próxima
quinta-feira.
O prazo limite para um acordo entre as duas partes é 31 de
agosto, quando o governo deve enviar a proposta orçamentária para o Congresso.