BSPF - 27/07/2015
Servidores federais que atuam nos ministérios da Saúde,
Trabalho e Previdência Social mantêm a greve iniciada há mais de 15 dias. Em
assembleia realizada na sexta-feira (24), os servidores avaliaram que não houve
avanço nas cláusulas econômicas e esperam que o governo agende nova reunião com
a categoria.
“A greve já atingiu cerca de 70% dos trabalhadores em
seguridade social em todo o País, o que é um marco para a categoria. Espera-se
que o governo chame os trabalhadores para negociar em breve”, afirma o
dirigente do Sindprev – sindicato que representa a categoria no DF, Edair
Sousa.
Na tarde da última quinta-feira (23) foram realizadas
reuniões para tratar de pontos específicos da pauta dos servidores de
seguridade social como o Regime Especial de Atendimento em Turnos, a
Gratificação de Desempenho e a Instrução Normativa (IN) n°74, que dispõe sobre
o procedimento de apuração e cobrança administrativa de valores devidos ao
INSS.
“A IN 74 entrou em vigor sem nenhum diálogo com os
servidores e é injusta, porque os servidores do INSS frequentemente lidam com
documentos das pessoas e não têm como saber se são falsos ou verdadeiros.
Quando o servidor entra com processo administrativo posteriormente, sofre
sanções e assédio moral da parte dos superiores. O servidor não pode continuar
pagando pelos delitos alheios”, explica o dirigente do Sindprev.
Em greve
O serviço público federal poderá ficar totalmente paralisado
a partir desta semana. Os servidores que ainda não aderiram ao movimento
paredista se reunirão nesta segunda e terça-feira (27 e 28) para discutir as
próximas propostas apresentadas pelo governo. Os servidores da Fasubra (que
representa os servidores técnico-administrativos em educação das universidades
federais) também estão de braços cruzados há quase dois meses. Os trabalhadores
do Judiciário continuam promovendo manifestações em prol de melhorias na
proposta apresentada, que prevê 21,3% de reajuste parcelado pelos próximos
quatro anos contra a proposta dos servidores, de 27,3% para o ano de 2016.
Fonte: CUT Brasília